São Paulo, 21 de Janeiro de 2009 - O reajuste de 12% do salário mínimo nacional, que entrará em vigor a partir de 1 de fevereiro, deverá injetar cerca de R$ 27 bilhões na economia em 12 meses. Os cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) levam em consideração o contingente de 43 milhões de pessoas que têm seus rendimentos referenciados pelo mínimo. Se confirmado o aumento de R$ 415 para R$ 465 haverá um ganho real de 6%, o maior desde os 13,04% de 2006. "É uma boa notícia em tempos de turbulência. Trata-se de mais um elemento anticíclico da crise", afirma Nelson Karan, coordenador de educação do Dieese.
A combinação de reajuste elevado do mínimo e menor pressão inflacionária deve evitar uma forte desaceleração do rendimento de 2008 para 2009. O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, prevê expansão de 2% no rendimento do trabalho no ano, após alta de 2,6% em 2008. A elevação de 5,9% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado não deve se repetir e o indicador encerrará 2009 com alta de 4,8%. A LCA estima que as pressões do grupo alimentação e bebidas sobre o orçamento da população de baixa renda tendem a diminuir no período.
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