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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Especialistas comentam: como superar o PIB pequeno


No mundo todo não um caminho mais certeiro para o crescimento econômico do que o aumento da produtividade. Porém, no Brasil, onde não há investimentos nem incentivos para favorecer este tipo de ação, as empresas penam com mão de obra escassa, pouco especializada, baixa produtividade, falta de investimentos em tecnologia e inovação. Veja na matéria abaixo o que dizem os especialistas:

Reformas para superar o 'pibinho'

Economistas de diferentes tendências apontam os caminhos para o Brasil não repetir o resultado fraco do PIB, como o do segundo trimestre

Alexa Salomão - O Estado de S. Paulo

O Brasil teve dois trimestres consecutivos de retração no Produto Interno Bruto (PIB), indicador que mede a geração de riqueza das nações. Na teoria acadêmica, tal situação indica que o País encolheu e sofre recessão técnica. Alguns analistas dizem que não é para tanto e que há estagnação. O governo alega que o problema é momentâneo por causa da Copa, da seca e da crise internacional. Semântica à parte, o fato é que o Brasil crescia pouco e agora anda para trás, com efeitos sobre o emprego e a renda. 

No grupo alinhado com o governo está o professor Fernando Nogueira da Costa, da Unicamp, que lecionou para a presidente Dilma Rousseff quando ela estava no doutorado. Para Costa, foram eventos momentâneos, como a Copa, que frearam o crescimento. 

Boa parte dos economistas que estudam os altos e baixos do PIB discordam. Um deles é Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e hoje vice-presidente do Insper. Para Lisboa, o potencial de crescimento do Brasil caiu. A queda aparece nos números que medem a produtividade. 

Há uma perda de produtividade que reduziu o potencial de crescimento do Brasil.

De maneira simplista, ter produtividade significa fazer mais e melhor com o mesmo. Exemplo: elevar a produção de 100 para 150 carros com o mesmo número de trabalhadores, de máquinas e de dinheiro. Essa mágica é possível graças a avanços paralelos: trabalhadores com uma educação mais sofisticada e o uso de equipamentos mais modernos. Segundo Lisboa, de 2003 a 2010, a produtividade cresceu, em média, 1,6% ao ano. De lá para cá, estagnou. "Há uma perda de produtividade que reduziu o potencial de crescimento do Brasil." 

Na avaliação de Vinícius Carrasco, professor da PUC-Rio, esse declínio não foi acidental e a recuperação não virá de uma reação espontânea da economia. Carrasco tem essa convicção porque é um dos autores do estudo "A Década Perdida - 2003 a 2012", que compara indicadores brasileiros com um conjunto de outros países. A conclusão: o avanço foi menor do que poderia. "Não foram criadas condições para se ter uma produção mais eficiente", diz. 

É melhor ele ter um celular e pegar três serviços por dia do que empregar e atender dez clientes - é perda de produtividade na veia.

Reverter o "pibinho" não é fácil. O primeiro passo, segundo Monica de Bolle, diretora da consultoria Galanto, é reconhecer o erro. Só isso abre espaço para a mudança.Bernard Appy, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, acredita que as mudanças dependem de microrreformas, como a tributária. O sistema de cobrança de impostos é distorcivo e incentiva que as empresas não cresçam. "Se um eletricista ganhar R$ 3 mil por mês e for microempreendedor individual, paga 1,3% da receita em tributos. Se for dono de empresa do Simples, 10,5%", diz Appy. "É melhor ele ter um celular e pegar três serviços por dia do que empregar e atender dez clientes - é perda de produtividade na veia."

Fonte: estadão.com.br

Ronaldo Dias Oliveira 
Brasil Price

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