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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

DIAGNÓSTICO DE UMA EMPRESA DESORGANIZADA

Abaixo uma matéria muito importante sobre diagnóstico em várias empresas, que mostra as principais características de uma empresa desorganizada. É um importante guia para que cada empresário faça uma auto análise, mesmo que superficial, da gestão da sua empresa. Vale a pena ler.
Portal da Classe Contábilwww.classecontabil.com.brArtigo
04/08 - Organização "des-organizada" - diagnóstico
Em nossa vivência tivemos oportunidade de atuar no diagnóstico e reorganização de algumas dezenas de empresas, de vários portes e atividades de negócios, o que nos possibilitou observar os vários fatores que levam à sua desorganização e, por fim, quando não detectados a tempo, o seu fechamento por absoluta falta de um mínimo de gestão profissional. Havendo, entretanto, aquelas empresas que, sem fechar as portas, levam anos remoendo velhas práticas, as quais lhe sugam a melhor lucratividade e produtividade de recursos. Quando tais recursos são abundantes e quando a geração de caixa faz sobrar recurso no bolso do empresário, este muitas vezes sequer pára para identificar no que poderia melhorar, ou, quando o faz, é só para adotar métodos e medidas localizadas, apenas saneadoras de um foco de incêndio, que devido ao nível do ataque saneador um dia poderá retornar à organização. Alguns desses fatores são tão ocultos, atuam tão distante da visão do empreendedor, que não raro estes são apanhados de surpresa quando a situação micro ou macro não pode mais ser resolvida sem que hajam profundos traumas pessoais, sem falar dos eventuais e vultosos dispêndios financeiros e de tempo necessários para saná-los ou eliminá-los. Muitas vezes, o empresário, diante da informação de nosso diagnóstico, mostra-se um tanto cético, por acreditar-se profundo conhecedor de sua organização e não querer admitir para seus comandados que errou em alguma coisa. Até porque, isso seria demonstrar fraqueza de conhecimentos e baixo nível de critérios de avaliação e admitir que, tendo sido muitas vezes avisado por seus subordinados, não os quiz ouvir. Alguns dos fatores citados acima são, via de regra, os primeiros sintomas de que não só a organização vai mal, mas o chefe também. Muitas vezes esse chefe, alicerçado por intermináveis e incansáveis reuniões em que vários subchefes ajudam na decisão, pensa sinceramente, agir da forma mais correta, haja vista que baseada em decisões de consenso. Quando a decisão, na verdade, longe de ser alicerçada no conhecimento e profissionalismo de gestão, conta apenas com a vivência própria de cada um dentro da própria organização, a qual não pode avalizar e nem balizar com propriedade as decisões atuais, quando instalados os fatores negativos da “des-organização”.
Podem ser citados alguns fatores de des-organização, os quais dependem, inclusive, do ramo de atividade da empresa, mas os mais freqüentes e de ocorrência em quase todo o tipo de atividade podem ser enumerados como:- Falta de planejamento estratégico: missão, visão, um mínimo de plano de crescimento, vendas, compras, plano orçamentário e financeiro, regras e critérios de administração e controles internos, etc.
- Inexistência de adequados canais de comunicação em todos os níveis, tanto vertical quanto horizontalmente, que permitam encontrar e implantar a tempo, as devidas correções de percursos antes de a situação negativa ocorrer ou se instalar;- Indevida centralização de decisões técnicas por pessoas da Alta Administração, sem o devido conhecimento para isso e, muitas vezes, sem ouvir os técnicos que lhes são subordinados, somente porque “somos a Alta Administração”.
- Iniciativas particulares de alguns abnegados colaboradores, objetivando promover o apagar de incêndios, sem análise de conjunto da solução a ser implementada em toda a organização, provocando não raro, novos dispêndios futuros devido a eventual análise de abrangência da decisão;
- Manutenção de pessoas incapacitadas para cargos chaves, as quais sempre estão muito ocupadas e cheias de pastas sobre a mesa, cheias de papéis de pendências, mas nunca conseguem efetivamente dar conta de nada que se lhe delegue, embora pareçam e apareçam, devido à autoridade que lhes foi delegada pelo cargo, mas não pelas pessoas que circulam a sua volta ou que lhe são subordinadas;
- Falta de visão quanto aos objetivos de cada área da empresa, prejudicando a identificação de necessidades específicas por parte dos responsáveis ou escamoteando-as por falta de competência superior para certificar a devida avaliação da necessidade;
- Falta de adequada política de recursos humanos: muitas vezes, à margem da legislação e da garantia de direitos, que minam tanto a capacidade de inovação quanto a capacidade produtiva do indivíduo;
- Falta de uma adequada estrutura de controles internos e políticas administrativas que garantam que todos os recursos estejam efetivamente sendo aplicados e que desta aplicação decorram os resultados esperados, com efetivo feed-back e follow-up das aplicações e seus efeitos no patrimônio;
- Baixa importância depositada pelos administradores aos registros e controles contábeis, sendo, via de regra, apenas instrumentos para atender o fisco; Como dissemos poderíamos citar um infindável número de fatores da des-organização, mas não seria útil para os objetivos deste artigo, o qual tem apenas a pretensão de alertar para o fato de que é sempre desejável, em determinado momento, voltar-se para uma avaliação independente do estágio de organização que se encontra a empresa. Esta avaliação deve ser dirigida por profissional independente e isento e distante do dia a dia da mesma, porém, com a devida capacidade certificada em vários trabalhos anteriores e seus resultados.
Autor: Rudilvam de Souza GomesContato: rudisg@terra.com.brAuditor Independente CVM/Bacen, Contador, Auditor Líder da Qualidade (IRCA-Inglaterra); Pós Graduando Controladoria e Planejamento Tributário; Graduando de Direito - PUCRS; Sócio-fundador e gerente da RSG Auditores e Consultores (www.rsgconsultores.com.br); Ex-Gerente de Auditoria da Eberle S/A e da Siderugica Riograndense S/A; Ex-Conselheiro Fiscal da Eleva; Ex-Tecnico da Receita Federal; Ex-Auditor da Diehl, Biedermann & Bordasch Auditores; 30 anos de experiência;

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