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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Acabar com voto obrigatório é avançar a consciência política

Quantos candidatos já foram pessoalmente pedir seu voto nestas eleições? Se você não mora no interior, em algum assentamento, em algum bairro de periferia, provavelmente tenham sido poucas estas oportunidades. Isto porque devido ao voto obrigatório, o seu voto não faz muita diferença pros canditados. O que realmente faz a diferença é o voto das massas, que nem sempre possuem consciência política e estão mais sucetíveis à compra de voto ou à sua troca por tijolos, mudanças, cestas básicas ou vêem do campo só porque são obrigados a ir pra cidade votar, mas não conhecem candidato algum, e muitas vezes votam no primeiro que lhe pedem nas bocas de urnas, somente pra cumprir sua obrigação; ou até mesmo votam no candidato que está à frente das pesquisas para, como dizem: "não perder meu voto" caso votem no candidato que perder as eleições. Veja a matéria abaixo, e vamos fazer pressão pra acabar com esta aberração que somente 30 países no mundo, como o Brasil, ainda possuem, enquanto 230 nações já aboliram. O voto obrigatório remonta à época da ditadura militar e só serve para manter os currais eleitorais, e por isso político algum pensa em acabar com ele.
Acabar com voto obrigatório é avançar a consciência política
em 03/06/2010 03:30:00 (189 leituras)

O voto obrigatório é fundamental para manter currais eleitorais

Erich Vallim Vicente

A colunista de política do jornal O Estado de S. Paulo, Dora Kramer, chamou a atenção, na última terça-feira, 1o, para dados da pesquisa Datafolha que não foram amplamente explorados pela classe política, ou mesmo pela imprensa, e que, por esses fatores, não entram no debate público sobre a política nacional, e não somente pelo aspecto eleitoral, mas também no que diz respeito à constante necessidade de refinamento. Por trás da disputa entre os pré-candidatos José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) – agora em empate técnico –, e Marina Silva (PV), o levantamento dá importante pista sobre a opinião pública acerca do voto obrigatório.

Como aponta Dora Kramer, dos entrevistados no último levantamento do Datafolha, 48% não concordam com a obrigatoriedade do voto, percentual exatamente igual aos que concordam com o atual sistema. Dora Kramer informa, ainda, que na última pesquisa semelhante, datada de dois anos atrás – 2008 –, 53% eram a favor do voto obrigatório, enquanto 43% defendiam o facultativo. “Quer dizer, cresce, e de maneira nada desprezível, o apoio da população ao fim da obrigatoriedade do voto”, escreveu a articulista do Estadão, no artigo intitulado “Debate interditado”.

A articulista ainda faz um breve apanhado da Assembleia Constituinte, lembrando que o voto facultativo perdeu de lavada, porque, na época, tanto à esquerda e à direita se acreditava que o “povo não estava preparado para o voto não obrigatório”. Porém, ela pergunta – “Qual a razão de assunto como esse nunca ser discutido? – para responder: pelo que se vê e ouve por aí, mitificação e, no caso dos políticos, paúra de perder reserva de mercado. Dora Kramer tem razão. O voto obrigatório é fundamental para serem mantidos os currais eleitorais Brasil afora.

Avançar na discussão do voto obrigatório é fundamental ao desenvolvimento da consciência política. Como apontou a articulista do Estadão, será que 30 países onde o voto ainda é obrigatório têm mais razão do que outras 230 nações que adotaram o voto facultativo? Apesar de alguns avanços na discussão da sociedade brasileira, falta coragem e vontade da classe política, assim como de entidades organizadas que atuam no país, em colocar este debate de forma efetiva. É preciso derrubar falsos moralismos que mantêm uma cultural extremamente perniciosa e que escondem objetivo cruel de garantir votação de uma massa acéfala.

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