JÁ PAGUEI ISTO TUDO DE IMPOSTO??!!!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Pela primeira vez em 12 anos, informalidade deixa de cair no País e movimenta mais de 16% do PIB



Este é o efeito colateral de se aumentar ainda mais impostos em tempos de crise: a sonegação aumenta junto. Em países que pensam estrategicamente, a fórmula para  vencer crises econômicas é justamente a redução de impostos para aquecer a economia, aumentar o consumo e a circulação de moeda, com conseqüente aumento de arrecadação. Pena que a miopia dos nossos estados e governo federal não os deixa ver. Pior pros empresários e toda sociedade.

Pela primeira vez em 12 anos, a informalidade no Brasil deixou de cair. A economia "subterrânea" movimentou R$ 932,4 bilhões neste ano ou 16,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do País - o mesmo percentual de 2014. O indicador, criado pela Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre) e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), reúne atividades como sonegação, contrabando, pirataria, emprego informal e serviços não declarados ao governo. A freada na redução da economia paralela preocupa, dizem especialistas e empresários, que a atribuem a recessão econômica, inflação elevada e instabilidade política.

"Acendeu a luz amarela. A partir dos próximos anos, a tendência é que o processo de redução da economia informal, que ocorreu até 2014, se reverta. Em três anos, a informalidade deve se aprofundar", afirmou Samuel Pessoa, pesquisador da FGV/Ibre. O comportamento do índice na crise deste ano deve ser diferente do que foi na de 2009, quando o movimento de queda se manteve. "Na ocasião, a crise foi mais abrupta e rápida. Dessa vez, é longa, persistente e deve ter um impacto maior na estrutura da economia", disse. Com o aumento da informalidade, explicou, a produtividade cai, o acesso ao crédito é menor, as condições pioram e parte dos ganhos que o país teve com a formalização deve ser perdida.

"Se a gente não desatar o nó político e não resolver o desequilíbrio fiscal, a inflação não cede. E, em um ambiente inflacionário, a tendência é de a economia 'subterrânea' crescer", analisou.

Evandro Guimarães, presidente do Etco, chamou a atenção para a complexidade tributária, que tem se agravado na crise com a tentativa de aumentar impostos para incrementar a arrecadação. "São Paulo já aprovou, por exemplo, aumento de ICMS para cigarro e bebidas. Além de aumento da carga, a estrutura tributária vai se tornando mais complexa, o que estimula ainda mais a informalidade", disse o executivo. Fabricantes de cigarro já dizem que a medida fará o contrabando dobrar. A cada 10 cigarros vendidos hoje no Estado, 4 são ilegais. "Na crise, os países mais organizados abaixam os impostos para estimular a economia. Aqui, onera-se o formal e torna-se o informal ainda mais competitivo', explicou Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade.

Desleal

Ao menos cinco setores já notam incremento de ações ilegais que contribuem para o aumento da informalidade. "As empresas sentem o aumento da concorrência desleal pela sonegação de impostos de produtos e serviços", afirmou o presidente do Etco. Na indústria ótica, a cada 10 produtos consumidos, 5 já são ilegais. No ano passado, eram 4, segundo o setor. Contrabando, pirataria e subfaturamento respondem por 15% do mercado de brinquedos.

O consumo de ilegais ficou estável entre 2010 e 2014, mas neste ano começou a crescer, diz a Abrinq. No setor de agrotóxicos, a participação passou de 10% para 20% nas safras de 2014 e 2015, segundo o Sindiveg. Para Fernando Pimentel, da Abit (têxtil), a perda de renda e do emprego contribuem para "drenar o consumo para a ilegalidade".

Fonte: Folha-PE‏

Imagem: https://grupo2informalidade.files.wordpress.com


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